Em setembro de 2021 a IP afixou informação dizendo que iria abater as árvores existentes nas bermas da estrada nacional 362. Eram mais de 150 árvores, entre elas sobreiros, carvalhos e azinheiras. Passado este tempo as árvores continuam lá, tinham-se esquecido que para abater árvores de espécies protegidas era necessária autorização do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, sem essa autorização até as grandes empresas incorrem em crime ambiental.
O argumento, à época, era o da criação, ao longo da estrada, de uma Faixa de Gestão de Combustível como forma de contenção de incêndios. Os argumentos valem o que valem; o certo é que quem circulou nesta estrada, ao longo de todo o verão, viu que apesar das altas temperaturas e do elevado risco de incêndio, as bermas da estrada não tiveram qualquer limpeza e passaram o verão cheias de ervas e lixo. Parece que para a IP as árvores são um risco maior para a propagação dos incêndios, enquanto a erva seca e lixo que se acumula nas valetas, ou os eucaliptos que crescem até junto à estrada, não representam perigo que justifique a sua remoção. Será que podemos mesmo acreditar que a motivação da IP era a nossa segurança? Continuar a ler
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