23 de fevereiro de 2024

IP coloca suporte de ninho de cegonhas na EN 114

 Na sequência da denúncia feita pelo Folhas Erguidas, em dezembro de 2023, da destruição de um ninho de cegonhas aquando do abate de árvores na EN 114 - Ninho de cegonhas abatido junto com a árvore, a IP procedeu recentemente à colocação de uma estrutura artificial para substituir o ninho derrubado. `

Enquanto se aguarda parecer especializado sobre a viabilidade do equipamento colocado ficam algumas dúvidas - a altura do poste, muito inferior  àquela a que se situava o ninho que aí existia, ou, o seu destino quando o proprietário da oliveira entender arriar ou cortar a sua árvore. 

Registe-se a opção da IP pela utilização de tecnologias de baixo impacto na fixação da estrutura - uma corda atada a uma árvore!



12 de fevereiro de 2024

Expropriações para evitar o abate de árvores!!!

Não, não foi durante o PREC, foi durante o Estado Novo. A importância do arvoredo era tal que chegou a justificar expropriações por parte da JAE.

Plátanos frondosos que a JAE expropriou para evitar o seu abate (EN 10 Vila Nogueira de Azeitão...), é a legenda da fotografia da página 10 do livro Arborização de Estradas.

Décadas passadas, em democracia, assistimos ao delapidar impiedoso dum património arbóreo que já  escasseia.

in: Arborização de Estradas, JAE - 1962, pág.10

EN 114 após intervenção da IP, verão de 2023

11 de fevereiro de 2024

Da JAE à IP

No âmbito das pesquisas que temos feito para tentar perceber a importâncias das árvores de beira de estrada ao longo dos tempos, deparámo-nos com algumas pérolas produzidas pela JAE, a Junta Autónoma das Estradas, antecessora da Infraestruturas de Portugal. - Arborização das Estradas, Espécies Apropriadas ao Ribatejo - 1947Arborização de Estradas - 1962As Estradas e o Ambiente (Banda desenhada). Disponíveis para consulta em linha.

Do tempo em que nas estradas se procurava conciliar ambiente
  e desenvolvimento.             in: As Estradas e o Ambiente - JAE

Verifica-se o que sabíamos, ao longo de décadas foi reconhecida a importância e o valor das árvores para as estradas, justificando investimento em plantações, manutenção e divulgação.

Atualmente, depois de longo abandono, apesar  do conhecimento disponível, do direito à informação e participação reconhecidos, da crise climática e das temperaturas recorde,  é a sanha destruidora sem justificação nem critério credível. Corta-se porque sim e corta-se porque não.

Quantos milhares de árvores a tecnocracia economicista já nos levou?