Mais Ribatejo publica a carta aberta, dirigida pelo Folhas Erguidas, ao presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, na sequência dos últimos abates de árvores verificados na EN 114, na localidade de Boiças.
"Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior,
O Grupo de Trabalho Folhas Erguidas lamenta o corte abusivo dos cedros do Buçaco na aldeia de Boiças, em ambiente urbano, pela empresa Infra-Estruturas de Portugal (IP), assim como a incapacidade/ineficácia da Câmara Municipal de Rio Maior em preservar este património público, tal como foi acontecendo ao longo da EN 114, entre a ligação para o Cartaxo e a cidade de Rio Maior.
Os cedros em causa, estão ali desde a construção da estrada, plantados pelo Estado (possivelmente ainda no tempo da Monarquia), como enquadramento paisagístico e valorização da via. Não são propriedade da IP, mas património público do nosso concelho! ..." Continuar a ler
Como todas as pessoas e organizações envolvidas no "Folhas Erguidas" sabem, esta carta, tal como todas as anteriores iniciativas, vai cair em "saco roto"... Como a realidade nos prova e demonstra, já que o abate de árvores de grande porte (centenárias, muitas delas) continua nas bermas das estradas, nas margens dos rios, ribeiros, etc... Apesar dos apelos e da pedagogia feita, pelas pessoas do "folhas erguidas", junto das várias instituições do Estado (locais e centrais). A destruição permanente da natureza é inerente à ideologia estatal capitalista... A vida, em todas as suas dimensões, é-lhe indiferente.
ResponderEliminarA construção da barragem dos Pisão, sendo, para além de inútil, um crime contra a humanidade, vai em frente, caso não sejamos capazes de unir e criar força capaz de o impedir. Vejamos a destruição que vai gerar, comparado com as bermas das estradas: 540 hectares de montado vai ser arrasado; cerca de 50 mil azinheiras e sobreiros vão ser abatidos; a aldeia do Pisão inundada (as pessoas que nela habitam, vivem, serão desalojadas à força... Quantos suicídios vai provocar?)...
Qual é o objectivo? Proliferação de projectos agrícolas intensivos de regadio na região, com a importação de pessoas para serem exploradas, escravizadas pelos "empreendedores" e as redes de traficantes de pessoas. Estas são submetidas, forçadas a vender a sua força de trabalho por salários miseráveis...
Tudo isto, e muito mais, é real e do conhecimento geral.
E, como as cartas, os abaixo-assinados, as reuniões com as entidades estatais, etc., não tem sido capazes de parar a senda destruidora, a pergunta essencial é: O que vamos fazer?